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MOZ-INE-IDS-2003-v01.
Título
Inquérito Demográfico e de Saúde 2003
A amostra utilizada para o Inquérito Demográfico e de Saúde de 2003 (IDS 2003) é uma amostra
probabilística seleccionada em três etapas: a primeira consistiu na selecção de Unidades Primárias de Amostragem (UPA), a segunda foi a selecção das Áreas de Enumeração (AE) em cada UPA e, a terceira, a selecção de agregados familiares em cada AE. A amostra permite obter estimativas sólidas (com um erro padrão relativo inferior a 10 por cento), de certas variáveis a nível de cada uma das 11 províncias inclusive a Cidade de Maputo.
Foram excluídas da amostra certas áreas, como as minadas, os centros prisionais ou hospitalares, os quais representam uma fracção muito pequena do território nacional.
Para as entrevistas individuais deste inquérito, foram seleccionadas mulheres de 15 - 49 anos e
homens de 15-64, residentes em 12,280 agregados familiares no território de Moçambique.
Esperava-se entrevistar com sucesso 11,493 mulheres e 3,266 homens (considerando as diferentes taxas de cobertura e de resposta do INJAD-2001 para mulheres e homens, respectivamente).
Excluíram-se mulheres e homens residentes em estabelecimentos colectivos, quartéis, lares de estudantes, estabelecimentos prisionais, os quais com outros residentes naquelas condiç ões, representam cerca de 0.35 por cento do total da população, de acordo com os resultados do Censo 1997.
Dos 14,496 agregados familiares alocados, foram identificados cerca de 14,475 para o inquérito de mulheres. Destes, 85 por cento responderam efectivamente ao Questionário do agregado familiar e outrosnão se encontravam nos domicílios por diversos motivos (domicílios desocupados, destruídos, etc). Em 12,318 agregados familiares as entrevistas foram completas, para uma taxa de resposta de 95 por cento, excluindo do cálculo os agregados familiares não disponíveis para as entrevistas pelas razões já mencionadas. Dum total de 13,657 mulheres elegíveis entrevistou-se 12,414, obtendo-se uma taxa de resposta de 91 por cento.
A taxa de resposta combinada de agregados familiares e mulheres foi de 86 por cento, bastante satisfatória para este tipo de inquérito, sobretudo tomando em conta as difíceis condições que apresentam algumas províncias do país para trabalho de campo.
As melhores taxas de resposta foram atingidas nas Províncias de Tete, Inhambane e Gaza (96, 93 e 95 por cento, respectivamente) e a pior na Cidade de Maputo com 73 por cento.
As mulheres foram mais receptivas às suas entrevistas nas províncias de Tete e Gaza (97 e 96 por cento respectivamente) e, em geral nas áreas rurais (94 por cento) do que nas urbanas (88 por cento). De facto, nas zonas rurais as populações cooperam bastante nos inquéritos do que nas urbanas. É por isso,que a Cidade de Maputo apresenta a taxa de resposta do questionário de mulheres mais baixa do país (80 por cento).
Dos 3,916 agregados familiares que tinham sido seleccionados para entrevistar homens, cerca de 317 não foram encontrados, porque a casa encontrava-se desocupada, destruída ou por uma outra razão. Em 81 por cento de agregados familiares, foi obtida uma entrevista completa, correspondendo a uma taxa de resposta de 95 por cento, excluindo do cálculo os agregados familiares não disponíveis para entrevistas pelas razões já anunciadas. Do total de 3,599 homens elegíveis logrou-se uma taxa de resposta de 81 por cento.
A taxa de resposta combinada de agregados familiares e homens foi de 77 por cento (cerca de 9 pontos menos que a das mulheres). As melhores taxas de resposta foram atingidas nas Províncias de Cabo Delgado, Sofala e Gaza (87, 87 e 89 por cento, respectivamente) e a pior é da Província de Maputo com 59 por cento.
Os homens foram mais receptivos às entrevistas nas áreas rurais (86 por cento) do que nas urbanas (75 por cento). No questionário de homens, as taxas mais baixas encontram-se na Província de Maputo (65 por cento), seguida por Cidade de Maputo (74 por cento).